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Mandamento Dois: Não te Compararás – Série Os Dez Mandamentos da Autoconfiança

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Até os 13 anos de idade, Mariana era uma garota alegre, bondosa e autoconfiante – não havia nada que ela não sabia fazer. Levava uma vida encantada em um pequeno sítio no interior do Rio Grande do Sul cercada por muitos bichos e os chamava por nomes de personagens de novelas.

Tinha o porco Antônio da Lua, a vaca preta Perpétua, o casal de patos eram a Serena e o Rafael, e ainda, as galinhas que viviam se bicando, a Jade, a Nazira e o galo Diogo. Dormia em um colchão de palha sonhando em ser atriz e despertava com o sol entrando pela janela da casa de madeira de frente para o açude. A vida, aos seus olhos, era uma grande aventura repleta de possibilidades.

Aos 14 anos, foi convidada a passar suas férias escolares na casa de sua tia que morava em Porto Alegre, um belo apartamento no bairro Bela Vista, em um condomínio com piscina onde se divertiu pra valer com seus dois primos e sua prima de mesma idade, magra e bloguerinha, a Fabíola. Mariana dormiu pela primeira vez em uma confortável cama box de molas ensacadas. Aquilo era o paraíso.

Ao voltar pra casa, Mariana já não era mais a mesma. Aos poucos começou a achar que sua casa era simples demais, seus bichos fediam, seus pais eram cafonas, seus irmãos uns chatos, se sentia gorda e sua cama de palha era insuportável. Passou a reclamar de tudo, nada mais lhe satisfazia. Não demorou muito para que Mariana fosse embora pra cidade grande. Hoje, aos 32 anos, solteira, acima do peso, vive em um apartamento pequeno (sem piscina), trabalhando de segunda a segunda no shopping e passando suas folgas maratonando séries, bebendo vinho e sentindo saudades de tudo o que tinha no sítio.

Mariana envenenou sua vida com comparações que poluíram sua visão e reduziram sua autoconfiança. Isso acontece por que sempre que pensamos em fazer algo, a nossa mente, em questão de segundos, usa comparativos que nos estimulam ou desestimulam a realizar a tarefa. Avaliar e julgar situações é normal e faz parte da estrutura lógica de nosso cérebro que faz isso baseando-se exclusivamente em informações que já possui.

O conjunto de informações recebidas diariamente formam um constructor padrão que será instantaneamente consultado para avaliar nossa capacidade frente a uma ação.

Consequentemente, quanto mais elevado for o padrão daquilo que acreditamos ser bom, ideal e aceitável, menos capazes de realizar nos sentiremos. Ninguém se joga em uma empreitada sabendo que vai perder, especialmente porque o cérebro humano vem sendo treinado há milhares de anos para sobreviver, ou seja, para vencer sempre.

A verdade é que nossos padrões de ideais, não são genuinamente nossos, foram construídos  a partir de fortes influências dos outros e das informações massivamente veiculadas nas mídias que estão constantemente nos indicando o que é melhor: o melhor carro, o melhor emprego, o melhor corpo, o melhor relacionamento – o melhor para as mídias é tudo aquilo que você ainda não tem.

Se o carro que você idealizou tem motor 3.0, câmbio automático e assentos de couro, você algum dia se contentará com um motor 1.0, câmbio manual e assentos de tecido? Algum dia ficará feliz com seu bumbum cheio de celulites tão diferente daquela musa fitness que segue no Instagram?

É isso que a comparação faz por nós – eternos insatisfeitos.

Acontece que criamos padrões de comparação tão elevados que colocam nossos sonhos em altares muito distantes da realidade. Tudo que imaginamos ser e fazer, às vezes parece tão distante e por isso tão difíceis de alcançar que dá preguiça até de tentar! Melhor ficar esperando por aquele impulso mágico que virá nos tirar do sofá e mudará nossa postura para sempre. Precisamos criar padrões mais justos.

A boa notícia é que é possível criar novos padrões mentais através do estímulo contínuo. Esse é um dos motivos que idealizei os 10 mandamentos da Autoconfiança, para gravá-los em nossa mente de modo que formem um padrão mais justo capaz aumentar nossa autoconfiança e poder de agir.

Existe ainda, uma pessoa que você poderá gentilmente se comparar: você do passado. Se conseguir olhar a si mesmo e ver tudo o que conquistou, o quanto evoluiu e melhorou em relação ao que era anteriormente, buscando somente pontos positivos, aí terá uma comparação valiosa. Faço isso constantemente e sinto uma enorme gratidão ao perceber que, aos poucos, estou melhor do que eu jamais estive antes.

Exercício: Pare de seguir todos aqueles homens e mulheres com corpos e vidas perfeitas do Instagram e comece a seguir pessoas próximas da sua realidade que estão fazendo coisas boas que você gostaria de estar fazendo, pessoas exemplos de superação, que mostrem vulnerabilidade e não apenas perfeição. Use-as como modelo, pesquise e aprenda o trajeto que percorreram para chegar onde estão. Use-as como inspiração diária.

Precisamos revisar nossos padrões e nos comprometermos agora mesmo a parar de nos comparar, pois somos únicos, temos um jeitinho exclusivo de fazer as coisas. Não se trata de ser certo ou ser errado, mas de apenas ser.

No próximo texto: O Terceiro Mandamento da Autoconfiança. Aguarde!

Analista Comportamental, Life Coach, Monitor de Inovação da USJ e idealizador da Reeducação Positiva.
Um potencializador de indivíduos, equipes e resultados. 
Insta: @reeducacao.positiva
Site: www.reeducacaopositiva.com.br

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