O aumento no preço dos produtos de cesta básica surpreende consumidores de todo o país. Um perfil no Twitter compartilhou uma foto nesta segunda-feira (7) que mostra pacotes de arroz de 5kg sendo vendidos por R$ 42,99 em um dos supermercados da rede Condor, do Paraná.
Os valores são ainda maiores em outras redes de supermercado. No Extra, por exemplo, um pacote de arroz da marca Prato Fino está sendo vendido por R$ 53,25. O estabelecimento informa ainda que o pagamento pode ser realizado em até seis parcelas de R$ 8,80.
Em Gramado a situação já se reflete nas prateleiras dos mercados. O Acontece Gramado fez um levantamento nesta terça-feira, dia 8 de setembro em mercados da cidade. E a média de preço do pacote com 5kg de arroz teve uma variação entre 21 e 30 reais.
Nos dois supermercados mais concorridos de Gramado, a variação sempre ocorre de acordo com a marca do produto. O preço mínimo encontrado pela reportagem nas prateleiras foi de R$ 21,45 reais o pacote com 5Kg. Já o valor máximo foi de R$ 29,99 para uma determinada marca.
E não é só o arroz o vilão da cesta básica nas últimas semanas. Relatos de indignação com os preços do óleo de cozinha, feijão e outros itens.
Levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a alta do arroz chega a 100% em 12 meses. Produtores e especialistas dizem que os preços devem continuar subindo nos próximos meses.
Um dos motivos apontados é que o arroz brasileiro também passou a ser mais buscado no mercado internacional durante a pandemia.
“A pandemia tirou o excedente de outros países produtores, como Índia, Tailândia e Vietnã, e houve um desabastecimento do mercado internacional“, destaca Ivo Mello, diretor do Instituto Rio-grandense do Arroz (IRGA).
Produção no RS caiu nos últimos anos
Responsável pela maior parte da produção brasileira de arroz, o Rio Grande do Sul plantou 930 mil hectares de arroz na safra de 2020, área 15% menor que na safra anterior. A produção gaúcha, de 9 milhões de toneladas no ano passado, caiu 19%, para 7,3 milhões de toneladas em 2020. Quase 60% da safra deste ano já foi colhida.