Após a divulgação de que Gramado registrou o primeiro caso da variante de Manaus, do Coronavírus, no RS, em uma notícia divulgada em primeira mão pelo Acontece Gramado (AQUI), as atenções estão voltadas para Gramado e Canela.
Mas, o que é a variante de Manaus? Qual a diferença para as outras? Quais os riscos para Gramado e Canela?
A variante de Manaus foi identificada pelos especialistas como P1 e é apontada como um dos motivos para o colapso do último mês no Amazonas. A principal característica desta mutação do coronavírus é o fato de ser altamente contagiosa, três vezes mais do que o vírus que circulava na região e no Rio Grande do Sul até então.
A nova variante foi identificada no início de janeiro pelo Japão em turistas que vieram de Manaus. Segundo informações do Ministério da Saúde, por ser mais transmissível, a nova cepa do coronavírus provoca o contágio de forma mais rápida e, consequentemente, os hospitais e leitos de UTI recebem mais internações, causando um colapso nas unidades de saúde em poucas semanas.
Em Gramado, o paciente contaminado com a nova cepa foi o 48º gramadense a morrer pelas complicações da COVID. Idoso, com 88 anos, morador de Gramado ele possuía comorbidades e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI-Covid-19) do Hospital Arcanjo São Miguel no dia 03 de fevereiro. Ele faleceu na quarta-feira, dia 10.
Ao se tornar predominante, em qualquer lugar do Brasil, a variante de Manaus tem potencial de provocar uma acentuação da curva de novos casos e internações de até 150% a mais do que em casos de contaminação com o vírus normal.
O Instituto Butantan de São Paulo, que se associou à Sinovac para testar e produzir a vacina chinesa, afirmou em nota que já iniciou os estudos sobre a mutação verificada em Manaus, mas que demorará duas semanas para concluí-los.
Localizada na floresta amazônica, Manaus foi duramente atingida por uma segunda onda brutal de casos que levou os serviços de emergência ao ponto de colapso. Os hospitais da cidade ficaram sem oxigênio em janeiro, o que levou o governo federal a transportar suprimentos de todo o país na tentativa de salvar as pessoas de morrerem sufocadas em decorrência da infecção. Nesta segunda onda, 90% dos infectados estavam com o vírus P1, a mutação de Manaus.
Desde a sexta-feira, dia 12, o Hospital São Miguel de Gramado está com 100% dos leitos de UTI ocupados. São mais de 30 gramadenses internados entre UTI e enfermaria.
flavio@acontecegramado.com.br
Uma resposta
Volto a questionar, qual o controle que farão Canela e Gramado com relação a entrada e circulação de turistas, com certeza “vetores” do vírus P1 e P2) para os moradores e,
demais pessoas que aí circule. Algo muito errado no Decreto recém publicado pela Prefeitura de Gramado.
Inga Mendes