O Governador Eduardo Leite sinalizou hoje, dia 15 de março, que deverá manter todo o estado do Rio Grande do Sul em bandeira preta por mais algumas semanas, possivelmente até as primeiras semanas de abril.
Esta decisão não inviabiliza a liberação da cogestão, modelo autorizado para que os municípios e regiões possam usar restrições das bandeiras anteriores. Exemplo: na cogestão o município que estiver em bandeira preta pode usar as regras de bandeira vermelha.
A liberação da cogestão segue prevista para ocorrer a partir do dia 22 de março.
A novidade desta segunda é que a equipe da Secretaria de Saúde do RS já está revisando as regras de bandeira vermelha e deve anunciar as mudanças até a próximas sexta-feira.
A intenção é tornar mais restritivas algumas atividades da bandeira vermelha como bares, restaurantes, salões de beleza, atividades noturnas, academias, entre outras.
A tendência é que Gramado e Canela passem a adotar as regras de cogestão a partir da próxima segunda-feira, dia 22. O prefeito Nestor Tissot de Gramado já sinalizou nesta direção. Já o prefeito de Canela, Constantino Orsolin, ainda não se manifestou sobre esta possibilidade mas deve seguir no mesmo caminho.
Existe um consenso nas cidades da Serra de que, após quatro semanas muito críticas no sistema de saúde, a situação começa a se estabilizar por aqui, principalmente pela diminuição na velocidade de transmissão. Na última semana diminuiu a média diária de novos casos tanto em Gramado como em Canela. Os prefeitos pregam uma reabertura gradual já a partir da próxima semana.
É uma “sinuca de bico” para os gestores pois, os hospitais seguem superlotados, sem disponibilidade de leitos de UTI, mas o comércio não suportaria mais duas ou três semanas de fechamento total. Outro fator importante é o período de Páscoa. Os chocolateiros de Gramado e lojistas de toda região exercem imensa pressão sobre os gestores pela liberação para o período.
A preocupação dos empresários se justifica já que, em 2020, a pandemia trouxe as restrições exatamente um pouco antes da Páscoa. As empresas locais não suportariam um desfalque econômico tão grande com fechamento durante a Páscoa em dois anos seguidos.