O movimento pela reabertura do comércio em Gramado e Canela, mesmo com as restrições de bandeira preta, definidas pelo Governo Gaúcho vão perdendo força.
O não aceite do governador Eduardo Leite em flexibilizar, a multa aplicada ao restaurante que abriu as portas no sábado (local onde os fiscais da Prefeitura de Canela foram recebidos de forma nada amistosa), as fake news sobre o Governador e que envolveram Gramado, o pedido de impeachment de Eduardo Leite, e a determinação da justiça de Gramado para cumprimento das restrições e imposição de multa para a Prefeitura de Gramado são alguns dos motivos.
Existe a determinação estadual para uma fiscalização ostensiva em Gramado e Canela para o feriadão. Os olhares estão voltados para as duas cidades.
Outro fator fundamental que fechou as portas para a região, junto ao Governo Estadual, foi a participação ativa de lideranças políticas, empresariais, e de entidades, nos movimentos contrários às restrições não só incentivando os protestos, como apoiando presencialmente e promovendo as aglomerações.
Fontes do Palácio Piratini, ligadas a esta coluna, são taxativas ao afirmar: Gramado e Canela perderam força política após os episódios das últimas semanas.
O Governador Eduardo Leite também perdeu a paciência com a região, como um todo, e ficou muito irritado com a forma como as lideranças locais atuaram. Ao mesmo tempo em que pediam reuniões e conversas visando as flexibilizações, muitos líderes inflavam a base empresarial para que protestassem e atacassem o Governo Estadual nas redes e também protestassem nas ruas.
As imagens dos protestos, com participação de prefeitos, secretários e vice-prefeitos, chegaram ao Governo Gaúcho que considerou ofensivos alguns comportamentos.
Também foram definitivas e muito mal avaliadas as imagens de faixas pedindo intervenção militar durante os protestos. Existe a certeza que o movimento foi usado por ativistas bolsonaristas para atacar o Governador e desestabilizar a luta contra a pandemia.
O que se fala nos bastidores do Piratini é que o bom senso passou longe da região nas últimas semanas, principalmente colocando-se de lado a questão da crise sanitária e da letalidade da pandemia do coronavírus nas duas cidades.
A região terá muito trabalho para recuperar a credibilidade junto ao Governo Gaúcho.
2 respostas
A força política dos governadores é que derrete. Basta fazer uma enquete e ver tal realidade. Se medidas adequadas forem tomadas não estaríamos nessa situação. Negar a realidade de que confinamento não é eficaz é um grande erro político, mas principalmente sanitário.
Ridícula a ideia de confinamento que não cura, não previne em fim não serve para nada o que tem que fazer é o tratamento precoce isso sim já teria acabado com tantas mortes e com a peste chinesa no Brasil.