A última atualização do Governo do Rio Grande do Sul, realizada às 8 horas da manhã desta segunda-feira, dia 7 de junho, mostra que Gramado voltou a ter 100% dos leitos de UTI ocupados.
Segundo o boletim do Governo, o Hospital São Miguel de Gramado possuiu hoje 18 pacientes em leitos de UTI adulto. 13 já tem confirmação para Covid, 3 são suspeitos e 2 são pacientes não covid. São mais 4 pacientes em leito Covid, fora UTI, e seis pessoas com uso de respirador na UTI adulto.
O último boletim da Prefeitura de Gramado, divulgado na sexta-feira, dia 5 de junho, apontou 47 gramadenses em recuperação com Covid, sendo 40 em isolamento domiciliar e sete hospitalizados. Outros 120 casos estão em análise pela equipe da Vigilância em Saúde, da Secretaria da Saúde.
Na sexta-feira, Gramado tinha cinco moradores internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI Covid-19) do Hospital Arcanjo São Miguel (HASM). Além dos moradores, sete pacientes não residentes estavam internados no HASM, cinco em leitos de UTI e dois em leitos clínicos.
Já em Canela, segundo apontamento do Governo do RS, são 8 pacientes internados em leitos de UTI adulto, todos com confirmação de Covid-19. No boletim de sexta-feira, da Prefeitura de Canela, eram 6 pacientes em UTI e 2 na Tenda Covid. Três eram residentes do município. No total, Canela tinha até sexta-feira 38 casos de moradores com o vírus ativo no momento.
Tanto em Gramado, quanto em Canela, o número de infectados no momento é o maior das últimas semanas. Isso pode ser um indicativo de que as cidades atravessam o mesmo momento de crescimento no número de casos que os demais municípios gaúchos.
Quando o assunto é a região Serra Gaúcha, a situação não é melhor, as UTIS também estão lotadas. Segundo dados do Governo, são 398 leitos de UTI ocupados no momento, 251 com pacientes confirmados para Covid, 13 suspeitos e 126 não Covid.
Todas as regiões do RS apresentam um crescimento no número de casos e internações nas duas últimas semanas o que pode ser indício de uma nova onda segundo os especialistas.
O epidemiologista, professora da UFPel e coordenador da Epicovid, Pedro Hallal, lembra que as ondas da doença vêm se sucedendo sem que tenha havido recuperação no nível anterior à elevação.
“O grande perigo dessa nova elevação é que já parte de patamares elevados“, analisa.
Tanto que a variação não deveria ser considerada uma onda, na visão do especialista. “Eu fico em dúvida da terminologia de quarta onda. Se a gente pegar uma onda, como ela faz, ela se forma, vem, estoura e vai até a beira da praia. Na Covid nunca acabam as ondas. O que acontece é que uma nova onda vai se formando a partir do anterior“, afirma.