O passaporte vacinal é um tema que ganha força nas últimas semanas nas principais cidades do país. A adoção desta ferramenta de controle já é uma realidade em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. E Gramado e Canela? O que se pensa e qual a tendência por aqui sobre esse assunto?
Com o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 em todo o Brasil, prefeituras estão começando a exigir que os visitantes e até moradores apresentem ‘passaportes sanitários’ para ter a entrada liberada em locais com média ou grande concentração de público.
O principal objetivo deste passaporte é incentivar a vacinação e garantir uma retomada segura de grandes eventos e da economia garantindo a liberação de uma maior presença de público. A medida também já funciona em locais como Nova York, Israel, Itália e França. Normalmente o passaporte é exigido em locais com capacidade para mais de 500 pessoas como casas noturnas, atrativos turísticos, shows, parques, jogos de futebol e outros. Mas, as regras variam de cidade para cidade.
Vale lembrar que qualquer brasileiro vacinado já pode emitir seu certificado digital através do Conecte SUS, emitindo o documento online em português, inglês e espanhol. É possível baixar o aplicativo gratuitamente no seu smartphone ou pode acessar o Conecte SUS pelo site conectesus.saude.gov.br. Há versões tanto para os sistemas operacionais iOS quanto Android. Para acessar, é preciso ter uma conta no sistema do governo federal, que pode ser realizada com CPF e um e-mail pelo endereço https://cadastro.acesso.gov.br ou diretamente no aplicativo.
Consultada sobre este tema pela coluna, a secretária de Turismo de Gramado e presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, destaca que, “estamos sempre avaliando todas as possibilidades e atitudes tomadas nos destinos turísticos. Por enquanto, estamos realizando os eventos de acordo com os protocolos, a exemplo do Festival de Cultura e Gastronomia, com bons resultados“.
Já o secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches, ao ser perguntado sobre o passaporte destaca que, “para nós é uma incógnita ainda. Se fossemos usar para eventos grandes em locais fechados e para uma grande quantidade de pessoas acho até válido. Mas, penso que exigir do turista em geral um passaporte é muito complicado porque nem todas as cidades estão aceleradas na vacina e nem todos já puderam tomar a vacina. Então criar o passaporte para poder frequentar lugares é muito complexo. Agora, se a pessoa não quer tomar o que a gente faz? Sou a favor da vacina, todo mundo tem que tomar a vacina, mas vivemos em um país democrático“. Segundo Ângelo, que também ocupa o cargo de presidente da Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Turismo (Anseditur), esta opinião é quase um consenso entre os secretários de Turismo de todo o país.