Não esqueçamos que o nosso ego, em desalinho, é o grande causador das mazelas do nosso mundo interno e externo.
Sabiamente as leis de Deus estão inscritas na nossa consciência, por isso quando nos sentimos incomodados com alguma coisa, e passamos a viver um conflito dentro nós, é a nossa consciência apontando algum erro, ou seja, estamos pensando, sentindo ou agindo em discordância com aquilo que a minha consciência já sabe que está errado, porém, o meu ego não quer admitir.
Não esqueçamos que o nosso ego em desalinho é o grande causador das mazelas do nosso mundo interno e externo. Em todos os conflitos geradores de sofrimento para a humanidade, está o ego com a sua visão imediatista, corrompendo ou exacerbando as nossas emoções básicas como o medo, a raiva, a alegria, o nojo, a tristeza etc.. Portanto senti-los é natural, e só passamos a sofrer quando nos demoramos nessas emoções em detrimento da minha, da paz do outro, do meio onde vivo, e enfim do mundo.
O Desafio de Aristóteles diz:
Qualquer um pode zangar-se — isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa — não é fácil.( Aristóteles, Ética a Nicômaco)
No livro Inteligência Emocional, de Daniel Golemann, ele complementa:
Como observa Aristóteles, o problema não está na emocionalidade, mas na adequação da emoção e sua manifestação. A questão é: como podemos levar inteligência às nossas emoções, civilidade às nossas ruas e envolvimento à nossa vida comunitária?
Ou seja, desenvolver a nossa inteligência, educando as nossas emoções, aprendendo a senti-las da maneira correta, e evoluindo na direção do sentimento, entendendo o que o outro pode despertar determinada emoção em mim, porém, é a partir do que penso, falo e faço que essa emoção poderá desencadear um mal estar, e assim dar nascimento à conflitos, que só serão resolvidos quando eu reconhecer as minhas imperfeições, que tem como matrizes geradoras o meu ego exarcebado, que corrompeu as emoções básicas, para continuar se auto justificando.
Esse processo exige um pouco de humildade da nossa parte, que é a virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações, modéstia e simplicidade.
A vida é um contínuo ir e vir, e somos nós quem decidimos para onde queremos seguir, sabendo que talvez voltar não seja possível, ficar estacionados tampouco e retroceder, só se for para reconhecer que se errou, e assim corrigindo, reparando e continuando a evoluir, sabendo que a razão do nosso sofrimento está quando não reconhecemos que estamos errados, ou reconhecendo e não fazendo nenhum movimento na direção da reparação, pois aí estaremos entrando em conflito com a nossa consciência, que já sabe quando estamos agindo pelo bem ou não, pois como falamos as leis de Deus estão inscritas ali.
E assim, chegamos a conclusão que todos os nossos conflitos, internos ou externos, é pela falta de amor, ou pelo desamor, à nós próprios e ao próximo, porém só aprenderemos a amar quando soubermos “Quem” nos criou, sendo gratos pela oportunidade de Reconhecê-lo em nós e no outro, pois é somente quando enxergamos Deus em nós mesmos e no próximo, é que nos sentiremos capacitados para esse aprendizado, pois se Deus é a amor, é porque eu também sou, pois fomos criados a imagem e semelhança Dele, o nosso pai e Criador.