A Polícia Civil encerrou as investigações e inquérito nesta sexta-feira, dia 28 de julho, no caso do acidente que vitimou Patrícia Cabral na madrugada do dia 7 de julho em Gramado.
A mulher suspeita de estar envolvida no acidente foi presa nesta quarta-feira, dia 19 de julho, em Santa Catarina. Segundo o inquérito policial, ela foi indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Em depoimento à polícia a suspeita (que não teve seu nome divulgado) assumiu que ingeriu bebida alcoólica no dia do acidente e disse que não se lembra de ter se envolvido na colisão com Patrícia. As investigações apontam que a suspeita possivelmente colidiu seu automóvel Spin contra a moto de Patrícia, e posteriormente teria fugido do local sem prestar socorro à vítima.
O delegado responsável pelo caso, Gustavo Barcellos, fala que mesmo com o encerramento do inquérito que apura a colisão a conduta do Hospital São Miguel de Gramado e do Hospital de Caridade de Canela seguem em investigação. O Hospital de Gramado é investigado por ter transferido a vítima para o Hospital de Canela em estado crítico. Já o Hospital de Canela é investigado por não acionar a Polícia quando confirmada a morte para encaminhamento de autópsia.
ENTENDA O CASO
Patrícia morreu após sair do hotel que trabalhava em Gramado na noite de sexta-feira, dia 7 de julho. Ela fazia o trajeto entre o trabalho em Gramado, e sua casa em Canela, de moto.
Ela foi encontrada por volta da meia noite e meia e socorrida com múltiplas fraturas, não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo no Hospital de Canela. A família encontrou peças de plástico no local, próximo ao lago Joaquina Rita Bier em Gramado, que seriam de automóvel envolvido no acidente e que teria fugido do local.
O laudo inicial apontou uma possível queda como causa da morte mas, após pressão da família, a PC solicitou autópsia e o velório foi interrompido na manhã de domingo, dia 9, para que o corpo de Patrícia fosse levado até Osório para perícia.
Patrícia tinha 40 anos, deixa marido e dois filhos, um de menino de 16 e uma menina de 18 anos. Ela trabalhava como cozinheira em um hotel de Gramado há vários anos. Natural de Canela, vivia para trabalhar se dedicando muito, relata outro familiar ao Acontece.
O familiar destaca que o caso só teve desdobramentos porque a família foi atrás, não se conformou com a versão incial de que seria uma queda e investigou descobrindo as peças do carro, e indo atrás da motorista envolvida.