A Polícia Civil realiza na manhã desta sexta-feira, dia 22 de março, uma operação que investiga a suspeita de que cinco restaurantes em Gramado possam estar sendo usados pelo crime organizado para lavagem de dinheiro.
Os policiais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e a Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados. A Operação Komendador mira, com mandados de busca e apreensão, os restaurantes Casa Galo (em Gramado e no Litoral Norte), Komendador, Condado e Contemporâneo – e mais uma casa de vestuário. Em Gramado os restaurantes estão situados em área nobre.
Segundo informações preliminares da PC, um dos objetivos das buscas é recolher documentos que ajudem a entender o funcionamento dos negócios e a identificar quem faz parte da suposta rede de laranjas.
A análise bancária indicou movimentações financeiras atípicas por parte do principal investigado. A filial do Casa Galo em Xangri-lá e uma casa em condomínio de alto padrão em Capão da Canoa, no litoral, também são alvos.
A investigação é da 2ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (2ª DPRI), com sede em Gramado, em conjunto com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro do do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
“Não podemos tolerar que organização criminosa lance seus tentáculos em atividade econômica tão relevante para o turismo da região, considerada um dos principais destinos turísticos do Brasil”, disse o titular da 2ª DPRI, delegado Gustavo Celiberto Barcellos, em entrevista ao Jornal Pioneiro.
A reportagem tenta contato com a defesa dos alvos da operação, mas até o fechamento da mesma não obteve retorno. O espaço segue aberto.