A Secretaria de Saúde de Canela e o Departamento de Vigilância Epidemiológica, intensifica as ações de prevenção contra a meningite, após casos confirmados da doença no município, incluindo um trágico óbito de uma criança.
A enfermeira Magali Dell Valle Cavinato explica que, para reforçar a prevenção, as unidades básicas de saúde estão entrando em contato com as escolas municipais de educação infantil para solicitar que os pais ou responsáveis apresentem as carteiras de vacinação das crianças. “Nosso objetivo é assegurar que as vacinas contra a meningite e outras previstas no calendário vacinal estejam atualizadas, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde”, afirmou a enfermeira.
Uma das iniciativas é o pedido que os pais dos alunos enviem carteiras de vacinação no dia solicitado pela escola. Nessas datas, equipes de enfermagem realizam a conferência dos documentos.
Caso a carteira de vacinação retorne com um comunicado, significa que a criança precisará ser levada à unidade de saúde mais próxima para atualização das vacinas. Os responsáveis terão um prazo de dez dias úteis para regularizar a situação. Após esse período, a não adequação do esquema vacinal poderá implicar notificação ao Conselho Tutelar.
As ações de conferência e atualização vacinal visam proteger as crianças contra a meningite e outras doenças, reforçando o compromisso da Secretaria de Saúde com a saúde e segurança das famílias de Canela.
A doença – As meningites, de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e pelo potencial de produzir surtos.
O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e do resfriado. Entretanto, a bacteriana é causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos. A meningite bacteriana é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica mais séria que pode evoluir para óbito ou a danos no cérebro deixando sequelas.
O período de incubação da doença, em geral, vai de 2 a 10 dias, podendo haver alguma variação em função do agente etiológico responsável. Já o período de transmissão é variável, dependendo do agente infeccioso e da instituição do diagnóstico e tratamento precoces. Aproximadamente 10% da população pode se apresentar como portador assintomático.
Medidas de prevenção – Por ser uma doença que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, para alguns destes existem medidas de prevenção primária, como vacinas e quimioprofilaxia (uso de antibiótico). A vacinação ainda é considerada a forma mais eficaz na prevenção.