Após uma decisão Judicial decretar a interdição do Persídio de Canela, devido à superlotação, uma rebelião deixou cerca de 15 feridos no local na madrugada deste sábado, dia 15 de fevereiro.
A decisão da Justiça ocorre pela lotação do presídio canelense que está 274% de sua capacidade de ocupação. Com issto, está proibida a entrada de novos detentos até que a lotação seja reduzida para pelo menos 200%.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) foi intimada a transferir os presos excedentes em até 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 20 mil por cada preso excedente.

De acordo com informações da Polícia Penal, na noite de sexta-feira foi realizada uma transferência de cinco presos identificados como lideranças de grupos criminosos. A ação contrariou apenados de uma galeria do presídio canelense, que iniciaram um protesto.
Segundo relatos, o protesto teve colchões incendiados, portas quebradas e feridos. A rebelião foi controlada com o auxílio da Brigada Militar, que mobilizou seis guarnições, e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Polícia Penal. A operação durou cerca de 30 minutos e utilizou munições não letais, como balas de borracha e granadas de efeito moral, para restabelecer a ordem.
Após os protestos, que deixaram 15 pessoas feridas, o Grupo de Operações Especiais realizou uma uma revista geral no local, ainda na manhã de sábado. A Polícia Penal não confirmou o número de feridos e nem a situação dos mesmos.
Ainda no sábado, familiares de apenados se reuniram para protestar em frente a Casa Prisional de Canela. “Queremos respostas aos familiares. A gente tem gente querida ali dentro que estão pagando pelo que fizeram. Isso é desumano“, disse uma das familiares. Os parentes dos apenas também falam que não houve atendimento médico aos feridos e que eles estão sem água e comida e prometem montar acampamento em frente ao presídio.