O proprietário da empresa terceirizada que alugava os carrinhos elétricos no Mátria Parque de Flores afirmou, em depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (9), que os turistas que morreram afogados no local receberam treinamento para operar o veículo. A oitiva faz parte da investigação sobre o acidente que vitimou Natalino de Vargas Domeraski e Jane Beatriz da Silva Frohlich, ambos de 61 anos, no último sábado (5).
A delegada Fernanda Aranha, responsável pelo caso, informou que, além do dono da empresa, também foi ouvido o funcionário que orientava os usuários no momento da locação.
Segundo os depoimentos, as vítimas seguiram os procedimentos padrão para a retirada do carrinho. O genro de Jane, que também estava no parque e prestará depoimento nos próximos dias, assinou um termo de responsabilidade. Além disso, as Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) tanto de Natalino quanto de Jane foram apresentadas, uma exigência para a liberação do uso.
A investigação apurou que os turistas receberam instruções sobre o funcionamento do veículo, que incluíram um teste prático com demonstração dos comandos de avanço, ré e o uso de um botão de emergência. Os depoentes também afirmaram que o carrinho possuía cintos de segurança, emitia um alerta sonoro ao atingir 15 km/h e tinha a velocidade limitada a 30 km/h.
Próximos Passos da Investigação
A Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos considerados cruciais para o inquérito. A perícia no carrinho elétrico irá determinar se houve alguma falha mecânica. Exames de alcoolemia e toxicológico das vítimas também estão pendentes. A causa da morte já foi confirmada oficialmente como afogamento.
A filha de Jane, que presenciou o acidente, também será ouvida pela polícia nos próximos dias, juntamente com seu marido.
Parque suspende locação do modelo
O Mátria Parque de Flores, que reabriu ao público na quarta-feira (9), divulgou uma nota informando sobre suas modalidades de transporte. A empresa esclareceu que a locação de carrinhos elétricos para duas pessoas, bicicletas e scooters era operada por uma empresa terceirizada.
Após o acidente, a direção do parque decidiu suspender a oferta do modelo de carrinho elétrico que era dirigido pelos próprios visitantes. Atualmente, o deslocamento interno de visitantes é realizado por veículos com motoristas do próprio parque.