A semana será crítica para o risco de tempo severo no Sul do Brasil, alerta a MetSul Meteorologia. Vários sistemas meteorológicos de grande escala vão atuar na região durante dias seguidos, gerando condições propícias para fenômenos severos com alto potencial de impacto para a população em condição que pode ser qualificada como particularmente perigosa.
São três situações que preocupam neste período de instabilidade entre esta segunda-feira e a quinta, dias 10, 11, 12 e 13 de julho: tempestades localmente fortes a severas, chuva excessiva seguida de enchentes e um ciclone extratropical que pode ser de grandes dimensões e intenso com vento muito forte.
Os próximos dias exigem enorme atenção do público para que se mantenha informado das últimas atualizações de prognóstico por parte da Meteorologia assim como das orientações das autoridades em áreas de risco.
A Metsul ressalta uma situação de muito elevado risco e perigo meteorológico.
A MetSul Meteorologia alerta ainda para a probabilidade de chuva volumosa a excessiva em parte do Sul do Brasil nesta semana. Os acumulados somente desta semana devem ficar entre 100 mm e 200 mm em muitas cidades com possibilidade de marcas superiores a 200 mm ou 250 mm em alguns pontos.
O período mais crítico de chuva em Porto Alegre e região metropolitana será entre quarta e a quinta-feira. Neste dois dias somados, a precipitação na Grande Porto Alegre pode passar de 100 mm, conforme os dados de hoje. Com uma ciclone em formação sobre o Rio Grande do Sul, são prováveis pancadas por vezes torrenciais e capazes de gerar elevados volumes em curto intervalo, aumentando o risco de alagamentos.
Todos os modelos indicam chuva nesta semana de 100 mm a 200 mm numa extensa área entre a Metade Norte gaúcha e parte de Santa Catarina com acumulados em alguns pontos de 200 mm a 300 mm. Pontos de outras regiões, contudo, podem ter chuva volumosa, sobretudo entre quarta e quinta com a instabilidade mais ampla pela formação do ciclone.
Estes volumes são suficientes para gerar alagamentos, inundações repentinas, deslizamentos de terra e quedas de barreiras em rodovias. Há, contudo, um agravante. Esta chuva vai cair sobre áreas que recém tiveram chuva volumosa entre sexta (8) e ontem (9), quando chegou a chover 70 mm na Grande Porto Alegre e pontos do Noroeste, e até 100 mm a 130 mm no Litoral Norte, nos vales e parte do Alto Jacuí.
Os volumes de chuva mais excessivos no Rio Grande do Sul vão se concentrar exatamente nas regiões que tiveram os maiores volumes no final da última semana e, pior, onde está o maior número de rios do território do território gaúcho, no caso a Metade Norte. Assim, desde já se deve estar atento ao risco de cheias de rios como o Jacuí, Sinos, Caí, Taquari e Uruguai, dentre outros.
Um ciclone extratropical vai atuar na segunda metade desta semana, reforçando a chuva e trazendo vento forte a intenso com probabilidade de transtornos e danos, como quedas de árvores, destelhamentos e falta de luz. É um ciclone mais intenso e de maior extensão e abrangência.
Diferentemente de todos os ciclones que impactaram o Sul do Brasil nos últimos meses, a ciclogênese (formação do ciclone) deve se dar sobre o continente e não no mar na quarta. Ao avançar para o oceano, na costa do Sul do país, o ciclone deve se intensificar entre quinta e sexta.