Gramado e Canela estão de luto em consequência de uma das maiores tragédias climáticas do Rio Grande do Sul. As duas cidades foram castigadas pelas fortes chuvas que ocorreram entre segunda-feira, dia 29 de abril, e quinta-feira, dia 2 de maio. Segundo o Inmet, o volume de chuvas superou os 500 mm nas duas cidades.
Com o solo totalmente encharcado, as encostas e barrancos, principalmente no interior começaram a ceder, com deslizamentos registrados à beira de estradas e em comunidades como Linha Quilombo e Pedras Brancas em Gramado e Rancho Grande em Canela.
Justamente nestas três comunidades, moradores foram soterrados na madrugada de quinta-feira, dia 2 de maio, quando ocorreram os deslizamentos mais graves.
A consequência dos deslizamentos de quinta foi a morte de nove moradores: sete em Gramado e dois em Canela.
As duas cidades tiveram ainda remoção de moradores em áreas de risco como no inteiror e bairro Santa Marta em Canela, bairros Três Pinheiros, Piratini algumas ruas centrais e interior de Gramado.
As principais avenidas dos Centros e atrativos turísticos de Gramado e Canela não registram danos.
Mortes em Gramado e Canela são marcadas pela perda de casais e dois jovens de 13 e 16 anos
Após os delizamentos da madrugada de quinta, foram horas e dias de luta das forças de segurança na busca pelos moradores soterrados e desespero de familiares.
Segundo o Gabinete de Crise de Gramado, o último corpo foi localizado na tarde deste sábado, dia 4 de maio, na Linha Pedras Brancas. Segundo os boletins das duas cidades, neste domingo, dia 5 de maio, não há mais desaparecidos.
Todos os nove moradores mortos na tragédia já foram sepultados. Foram duas famílias (seis pessoas) na Linha Pedra Branca em Gramado, um casal na linha Rancho Grande em Canela e uma mulher na LInha Quilombo.
Linha Pedras Brancas Gramado: Nitiele, Silvio, Kaique, Matilde, Rudimar e Jocemar são as vítimas
A comunidade da Linha Pedras Brancas e Furna vive um luto coletivo. No local do deslizamento, ao lado da Sociedade da comunidade, duas famílias foram destruídas nos delizamentos.
Com suas residências atingidas, ficaram soterrados e foram encontrados sem vida o casal Nitiele Ludvig, 36, e Silvio Antonio Pellicioli, 47, mãe e padrasto do jovem Kaique Andriel Ludvig Santos, 13 anos, também encontrado sem vida.
No mesmo deslizamento morreram soterrados o casal Matilde Veronica Zimmermann, 47 anos, e Rudimar Branchine, 62 anos. também morreu um dos filhos deles, Jocemar Zimmermann Branchine, 16 anos.
Linha Quilombo Gramado: Noeli da Rosa é a vítima
No deslizamento registrado na Linha Quilombo, também no inteiror de Gramado, uma pessoas foi localizada sem vida. A vítima foi identificada como Noeli da Rosa Duarte, de 56 anos.
Linha Rancho Grande Canela: Maria e José Alzemiro (Mirinho) perderam a vida
As vítimas da tragédia em Canela foram identificadas como o casal Maria de Moraes e José Alzemiro de Moraes, moradores da localidade de Rancho Grande. A casa deles foi soterrada por um deslizamento de terra na madrugada de quinta-feira. Os Bombeiros trabalharam por horas no local com muita dificuldade e técnicas de escora, até conseguir resgatar os corpos, infelizmente o casal estava sem vida.
Em nota, a Prefeitura de Canela expressou pesar e solidariedade à família. José Alzemiro (69 anos) era muito conhecido pela comunidade e carinhosamente chamado de Mirinho. Ele trabalhou na Secretaria de Obras de Canela desde 1998, como operário. Foi também um dos membros ativos da equipe União Rancho Grande.