O mais recente mapa do Distanciamento Controlado do mês de setembro, divulgado nesta sexta-feira (25/9), revela uma situação pela qual muitos gaúchos esperavam: a melhora de indicadores. Todas as 21 regiões Covid estão classificadas, nesta 21ª rodada, em bandeira laranja (risco epidemiológico médio). O mapa foi divulgado pelo governador Eduardo Leite em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Gramado, Canela e Serra Gaúcha permanecem por mais uma semana em bandeira laranja.
Novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que resultaram em diagnóstico confirmado de Covid-19, caíram 25% nas últimas semanas – de 1.016 para 793. Além disso, entre as duas últimas quintas-feiras, o número de óbitos causados pela doença reduziu 19%, de 338 para 273.
Os internados em UTI por SRAG caiu 9% (de 884 para 806) e o número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 5% (de 693 para 658). Esses declínios, constatados entre as duas últimas quintas-feiras, resultaram na elevação do número de leitos de UTI adulto livres, que cresceu 11% entre as últimas quintas-feiras, de 614 para 684.
Até o momento, o cenário de um mapa totalmente alaranjado ainda não havia se apresentado no Estado. A última vez que o RS registrou bandeira amarela (risco epidemiológico baixo) foi na oitava rodada (duas regiões), entre os dias 30 de junho e 6 de julho. Desde então, o mapa oscilava entre bandeiras vermelhas e laranja.
Números mostram que a pandemia recua no RS
Com uma das menores taxas de óbito por Covid-19 do país para cada grupo de 100 mil habitantes desde o início da pandemia, o Rio Grande do Sul tem a maioria de suas regiões com indicadores mais positivos do que a própria média estadual. Das 21 regiões definidas pelo modelo de Distanciamento Controlado, 13 apresentaram média móvel de morte pela doença nos últimos sete dias inferior a 0,35. Destaque fica com as regiões de Uruguaiana (média móvel nos últimos sete dias de 0,03), Ijuí (0,06) e Bagé (0,08). Das áreas Covid que ficaram com os piores resultados, predomina a macrorregião Metropolitana.
“Apesar de termos um número acumulado de mortes bem abaixo da média nacional, no momento o Estado registra taxa móvel um pouco superior. Por isso, as pessoas precisam seguir com os cuidados individuais e evitar aglomerações”, alerta o pesquisador André Augustin. Responsável pelo monitoramento, Augustin integra o Departamento de Economia e Estatística (DEE/SPGG) e atua junto ao comitê.
Leany Lemos salienta que o Rio Grande do Sul está alcançando importantes indicadores nesses seis meses de enfrentamento da pandemia. Com 4.544 óbitos no acumulado, o Estado tem uma taxa de 39,94 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, o que representa a quarta melhor média nacional. Se o RS reproduzisse a média nacional (66,53), mais de 7.500 pessoas teriam perdido a vida para a Covid-19 até agora. Se forem considerados apenas os casos de morte entre pessoas com mais de 50 anos de idade, a relação de óbitos para 100 mil habitantes cai para 12,6, a segundo menor do país.
REGIÕES COM MENOR MÉDIA MÓVEL
• Uruguaiana: 0,03
• Ijuí: 0,06
• Bagé: 0,08
• Santa Cruz do Sul: 0,12
• Santa Rosa: 0,13
• Cachoeira do Sul: 0,14
• Erechim: 0,18
• Palmeira das Missões: 0,21
• Santo Ângelo: 0,26
• Caxias do Sul: 0,28
• Passo Fundo: 0,30
• Capão da Canoa: 0,32
• Lajeado: 0,32
REGIÕES COM MAIOR MÉDIA MÓVEL
• Pelotas: 0,55
• Guaíba: 0,48
• Porto Alegre: 0,48
• Taquara: 0,42
• Novo Hamburgo: 0,41
• Canoas: 0,38
• Cruz Alta: 0,38
• Santa Maria: 0,36