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Exclusivo: Aglomerações, bares e transmissão em família. Os vilões da COVID em Gramado

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Que ninguém aguenta mais ficar em casa é uma realidade! Prova disso é a queda drástica do Isolamento Social no Rio Grande do Sul e em Gramado. O grande problema é que a queda na taxa de Isolamento Social ocorre justamente no pior momento da pandemia.

Gramado chegou nesta sexta-feira, dia 10 de julho, ao auge de casos positivos de residentes contaminados pelo novo coronavírus. São 107 casos – 19 confirmados em 24 horas, um recorde diário. Foram dois óbitos na semana, um paciente com menos de 40 anos e um segundo óbito de paciente com mais de 80 anos, ambos com comorbidades.  

Dos 19 casos desta sexta-feira, 15 são de pessoas com o vírus ativo. Atualmente Gramado conta com 42 casos ativos, e 37 pessoas em isolamento domiciliar. Ao todo, 8 residentes estão internados no Hospital São Miguel:  3 confirmados em leitos de UTI, dois confirmados e 03 suspeitos na enfermaria.

E a preocupação é grande por parte dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. A Vigilância em Saúde concentra o que pode-se chamar de foco de atendimentos, reclamações, fiscalizações, acompanhamento e direcionamento de famílias e pacientes em Gramado.

E, os grandes vilões que se tornaram canais de disseminação do vírus em Gramado estão identificados: a vida noturna, bares, aglomerações e reuniões de família puxam esta fila. Existem casos de famílias inteiras que testaram positivo nas últimas semanas após um membro da casa frequentar ambientes como estes.

A falta de respeito ao distanciamento social e o não uso de equipamentos de segurança como máscaras faciais são fatores que estão elevando a disseminação acelerada na cidade, entre as famílias gramadenses. Hoje, os infectados são desde jovens até aposentados, donas de casa, advogados, comerciantes, empregados do setor de turismo entre outros. Uma prova de que o vírus está muito ativo dentro da sociedade.

“Não tem como manter as medidas de combate ao enfrentamento do Covid em certos ambientes Quanto a contaminação hoje ela é comunitária , indiferente de bairro”.

As maiores ocorrências de casos estão na área central e nos bairros Piratini, Floresta e Várzea Grande.

Na linha de frente: Vigilância em Saúde

A Vigilância em Saúde de Gramado é a linha de frente no combate ao coronavírus. São mais de 15 profissionais envolvidos em um trabalho full time, todos os dias, e com o único objetivo: estancar a disseminação do vírus em Gramado.

E as perspectivas são sombrias: a tendência é que o pior momento seja entre o final do mês de julho e o início do mês de agosto.

Vigilância Sanitária: Andréia Burille e Sergio Spannemberger 

“Neste momento de aumento significativo do número de casos, é importante o rastreio e o monitoramento para cessar a cadeia de transmissão. Temos vários casos com vínculos quando um familiar contaminou toda a família. O contato domiciliar prolongado oferece maior risco”, conta a enfermeira Andréia Burille.

Ate meados de junho a situação era constante e controlada na cidade. O que pode se dizer é que após o feriadão do Dia dos Namorados um aumento exponencial da disseminação do vírus começou.

Assim como em outros locais uma taxa considerável de novos casos identificados são de pessoas que possuem algum tipo de comorbidade como pressão alta, diabetes e obesidade, por exemplo.

Mas, o alerta da Vigilância é para que as pessoas, ao sentirem os primeiros sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, dor no corpo, tosse, febre, procurem imediatamente o serviço de saúde. O tratamento precoce e a testagem são fundamentais para o controle da doença.

No início da pandemia havia uma descrição de caso contendo “febre, tosse, dor de garganta” como principais sintomas. No entanto, o dia a dia tem mostrado que muitos casos não apresentam essa tríade. Vale lembrar que há pessoas que testaram positivo para covid-19 e tiveram apenas perda de paladar e olfato e dor de cabeça constante. Logo, é preciso ficar atento.

Febre e dificuldade de respirar já são considerados sintomas de quando as pessoas estão com situação mais grave.

Resistência ao trabalho da fiscalização

Ao mesmo tempo em que lutam para defender as vidas dos gramadenses, fiscalizando as denúncias e tentando controlar os focos de disseminação identificados, os profissionais da Vigilância acabam tendo que enfrentar a resistência e a provocação de muitas pessoas que não aceitam cumprir os protocolos de segurança determinados.

Vivemos um problema sanitário, mas as pessoas confundem como sendo um problema só da Vigilância Sanitária”, comenta o diretor da Vigilância Sanitária de Gramado, Sérgio Spannemberger.

São inúmeras denúncias diárias como estabelecimentos que não cumprem os decretos, que não possuem EPI, denúncias de festas, bares lotados, hotéis que não afastam funcionários com síndromes gripais, pessoas com vírus que não respeitam o isolamento.

Muitos frequentadores dos estabelecimentos são os mais resistentes, e os profissionais da vigilância acabam tendo que enfrentar provocações. “É muito comum termos casos de pessoas que não se cuidam e que, após serem contaminados e contaminarem seus familiares, entram em desespero e nos cobram soluções imediatas para seus casos”, descreve Sérgio.

Outra reclamação é sobre os dados divulgados. “Nós somos um canal aberto e muito claro com relação às informações, todos os dados são informados com muita clareza e seguindo as orientações do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Existe um sistema adotado pelo Governo e nós temos que cumprir. É uma implicação ética e legal de divulgar com toda a lisura possível”, explica Andréia.

O pedido para a comunidade é claro e o alerta também: Gramado está no auge da disseminação do vírus e o pior momento ainda está por vir. “A comunidade precisa entender que é o momento de dar uma segurada, evitar as aglomerações e ficar em casa. O vírus se movimenta junto com as pessoas. Pedimos para a comunidade nos ajudar, se cuidando e ficando em casa. Só assim conseguiremos conter a disseminação”, finaliza Sérgio.

Além de Sérgio, Andreia Burille, Ellen Regina Pedroso e Marina Toniolo, coordenadora da Vigilância em Saúde, comandam as ações na luta contra o COVID-19 em Gramado.

Jornalista – Editor e fundador dos canais Acontece Gramado e Acontece Floripa
flavio@acontecegramado.com.br

Uma resposta

  1. A prefeitura deveria, neste momento, reeditar o primeiro Decreto – com todos os rigores, tentando, assim proteger e garantir mais tranquilidade para os gramadenses. Estamos no auge da contaminação.
    Não é momento do turismo.

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