A semana que inicia é decisiva para o cenário político em Gramado. Não só porque é a semana em que iniciam as convenções dos partidos (este ano as convenções vão de 31 de agosto a 16 de setembro), mas também porque os partidos precisam definir, além dos candidatos, as coligações para o pleito.
A data limite para o registro das candidaturas é o dia 26 de setembro e a campanha e propaganda eleitoral ocorre a partir do dia 27 de setembro.
Hoje, o cenário em Gramado é de total indefinição e tudo pode acontecer, literalmente!
O PP já definiu Nestor Tissot como seu pré-candidato mas ainda não existe definição sobre o vice. O MDB definiu Evandro Moschem e também não tem definição sobre o vice. Já O PDT pretende lançar Fedoca como candidato, porém também esbarra na questão do nome para vice.
O PSDB corre e pretende ter candidato próprio com Beto Tomasini, assim como o PTC com Elias Vidal.
Resumo: com tantos candidatos, todos se enfraquecem! Principalmente PP, MDB e PDT. Hoje, não existe favorito pois com cinco candidatos a prefeito será uma “briga de foice no escuro” por cada um dos votos.
Em tempos de pandemia, impossibilidade de campanha pessoal e grande comícios, a Internet será decisiva no pleito gramadense. Mas também a inteligência política na costura das parcerias e coligações entre os partidos. As coligações serão mais decisivas que os vices escolhidos. E, nos bastidores, estamos vivendo um jogo de xadrez do mais disputados.
Vencerá esta primeira etapa o partido que conseguir a melhor coligação. PDT, PT, Republicanos e PSDB poderão garantir a vitória para o lado que escolherem. Estes são os partidos “fiéis da balança” no pleito 2020 em Gramado. Senão vejamos:
PDT – Com a força e credibilidade do prefeito Fedoca, lideranças, afiliados, cargos de confiança e seus familiares, larga com uma fatia do eleitorado gramadense garantida. E, caso se una a MDB ou PP, pode garantir a vitória para um dos dois.
PT – Parceiro do PDT flerta com o MDB e também possuiu eleitores fixos de esquerda. Resta saber se o PT de Gramado também perdeu eleitores e simpatizantes como ocorre em todo o Brasil nos últimos anos.
PSDB – Com nomes fortes mais ligados à direita e ao centrão, sozinhos se enfraquecem mas podem tirar votos principalmente do PP durante a campanha política.
Republicanos – Tendem a apoiar a candidatura do MDB e também possuem uma fatia interessante de eleitores fiéis principalmente os evangélicos que, como vimos na eleição presidencial, costumam votar em indicações de suas lideranças.
Com isso, nesta reta final, os partidos que formularem a coligação mais relevante para o pleito largam em vantagem para a disputa. Tudo pode acontecer nas próximas duas semanas. Inclusive, conversas de bastidores, uma improvável união entre PDT e PP.
No momento, o PDT está com a faca e o queijo na mão e poderá decidir o favoritismo de um dos candidatos nesta eleição.
Aguardemos!