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Escola de Canela é criticada após realizar atividade considerada racista

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Uma  publicação com fotos de crianças brancas caracterizadas com o chamado black face (o rosto pintado de preto) feita na sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, ainda repercute nesta segunda-feira (23). A postagem foi feita no Facebook, por um perfil particular, marcando a Escola de Educação Infantil Carmen Schlieper, que atende a cerca de 100 estudantes, com idade de dois a cinco anos, de forma terceirizada para o município de Canela, na Serra gaúcha.

As fotos, assim como os perfis envolvidos foram excluídos, mas um print foi salvo e compartilhado por moradores da cidade, ganhando ampla repercussão nas redes sociais. Na postagem aparecem fotos de crianças brancas com o rosto pintado de preto; com copos plásticos na cabeça, também pintados de preto, simulando cabelos afrodescendentes; e as crianças posam segurando cartazes com os dizeres: “Não precisamos de consciência negra, precisamos de consciência humana”.

Escola de Educação Infantil Carmen Schlieper de Canela. Créditos: prefeitura de Canela/Divulgação

O ato, considerado de cunho racista, é repudiado pelo Coletivo Sankofa, que atua pelo combate ao racismo no município vizinho, Gramado. De acordo com a integrante do coletivo, professora Luandra Lucena Moschen, o desenvolvimento da atividade reflete uma falta de pesquisa histórica e pedagógica, desrespeitando as crianças envolvidas e a lei que obriga escolas a trabalharem o Dia da Consciência Negra em sala de aula.

— Reduzir este dia à “consciência humana” é uma atitude racista que ignora as imensas desigualdades às quais as populações negras são expostas até os dias de hoje no nosso país, como resultado, ainda, do período de escravidão. Nós não podemos querer tratar como igual um fato social que é por si desigual, isso os dados nos mostram. Dessa forma a gente não transforma, a gente apenas reproduz as desigualdades e o racismo — afirma a integrante do coletivo, que elabora uma nota a ser publicada ainda nesta segunda-feira.

Contatada pela reportagem, a Secretária Municipal de Educação de Canela não comentou o caso. Ela disse que desconhecia o fato e que ainda precisava se inteirar do assunto. De acordo com a assessoria da prefeitura de Canela, a titular da pasta emitirá posicionamento nesta terça-feira (24).

Uma das atividades domiciliares (em função da pandemia) desenvolvidas pela escola na semana da postagem foi disponibilizada em material para download no site da Educação de Canela. Conforme a descrição, assinada pela professora Dionéia Lauffer, o objetivo era de desenvolver a criatividade, igualdade e o respeito a partir da caracterização da personagem de um vídeo — A Bonequinha Preta. O trabalho foi destinado a estudantes da turma de Pré I.

A reportagem ainda tenta contato com a professora e com a escola, que foi inaugurada neste ano no bairro Dante, atendendo a estudantes das comunidades de São José e Santa Marta.

As informações são do Jornal Pioneiro by Milena Schäfer

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