A guerra é a exacerbação do nosso ego, que só enxerga os seus próprios interesses, em detrimento dos interesses do próximo, violando o maior de todos os direitos, o direito à vida…
Para começar a nossa conversa devo confessar a vocês que eu mesmo, não faz muito, achava que a guerra era uma necessidade, tamanha a minha ignorância a respeito dos malefícios desse flagelo.
Em 1990, quando da invasão iraquiana ao Kwait, torci pela intervenção das forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Organização das Nações Unidas, com a aprovação de seu Conselho de Segurança, autorizando o uso da força militar para alcançar a libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas sob as ordens de Saddam Hussein.
Essa foi a primeira guerra da era moderna televisionada, com transmissão em tempo real dos horrores que esse flagelo produz através da própria ação humana. Houve cerca de 25 mil a 50 mil mortos, somente da parte iraquiana, com mais de 75 mil feridos.
Ver crianças mutiladas e o desespero de civis, entre outras atrocidades, me fez rever meus conceitos, ou pré-conceitos, e passei a me perguntar por que nós seres humanos éramos, e ainda somos tão desumanos, desvalorizando de forma tão brutal a vida humana.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já matou quase 20 mil pessoas, sem falar dos feridos e desalojados.
A guerra é a exacerbação do nosso ego, que só enxerga os seus próprios interesses, em detrimento dos interesses do próximo, violando o maior de todos os direitos, o direito à vida.
Como tenho abordado nas minhas colunas aqui no Acontece, como espírita cristão, acredito sim que seguimos evoluindo, pois sempre podemos mudar a nossa maneira de pensar, sentir e agir, vencendo o nosso egoísmo latente.
Porém, é fundamental que nos vejamos como seres em evolução, com perspectiva de um futuro além desta vida, pois do contrário, ao concentrarmos a nossa visão neste frágil eixo do porvir, que a vida no corpo físico, continuaremos a justificar as nossas barbaridades, dizendo que temos o direito de viver o melhor, ou pior possível, pois amanhã tudo pode estar acabado.
No entanto, sei que não se chega a esta conclusão do dia para noite. São necessários uma vontade, um querer e anos de estudo das leis Divinas para embasar uma fé racional, que nos possibilite enxergar além desta existência e continuar trabalhando não somente pela minha, mas também pela melhora da humanidade, para juntos construirmos um mundo mais humano, mais justo e fraterno, e onde a guerra seja uma aberração.
Um abraço e fiquem com Deus.