A Wikipédia diz que o medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.
É também uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica.
Pois é, o medo por incrível que pareça é um fator que motiva muitas das nossas reações impensadas, porque funciona como um instinto básico de proteção do ser humano.
“E apesar de toda a nossa evolução, ainda agimos como se animais irracionais fôssemos sem a ajuda dela, a razão, que nos foi dada, justamente para nos diferenciarmos dos nossos irmãos menores” na escala evolutiva.
Somos analfabetos emocionais, por não sabermos lidar com nossos sentimentos, e de acordo com o livro Inteligência Emocional, do psicólogo, escritor e jornalista norte-americano Daniel Goleman, se educássemos emocionalmente as nossas crianças e adolescentes, evitaríamos muitos problemas que se abatem sobre a nossa sociedade.
Essa educação deveria começar em casa, desde o momento em que o casal resolve ter um filho. Sabemos que existem muitos filhos do desespero, da ignorância e do dissabor, porque ainda vivemos numa sociedade que apresenta muitas anomalias. Mas mesmo esses problemas poderiam ser evitados, se nossas crianças e adolescentes tivessem esse preparo emocional.
Vamos analisar o momento pelo qual estamos passando, nesta grande crise provocada por essa pandemia. Segundo a psicóloga gramadense Simone Dinnebier, o ser humano gosta de ficar na sua de conforto, pois aquilo que ele já conhece dá uma sensação de segurança, não importa se isso é bom ou ruim, chegando até a um apego, inclusive com neofobia, que é um medo exagerado diante de fato ou acontecimento novo e desconhecido.
Portanto a possibilidade de mudança é, para muitas pessoas, sinônimo de ansiedade e estresse, e no dizer da própria Simone, isso é até normal dentro de um certo grau para todos nós, o problema que esse comportamento pode nos paralisar ou ficarmos com sentimento de negação, como mecanismo de defesa.
Muitos de nós estamos reagindo dessa maneira, diante desse grande desafio que o coronavírus está nos impondo. Não estamos conseguindo ver uma grande possibilidade de mudança de paradigmas, pois esse modelo de sociedade que construímos até aqui, que não contempla a integralidade do ser, está se mostrando impotente para atender as nossas necessidades básicas de amor e felicidade.
Ainda de acordo com a Simone, “o desejo de mudança envolve uma mente aberta e corajosa, ávida por evolução.”
Aproveitemos então essa oportunidade que o vírus está nos dando, de vermos uma nova perspectiva de felicidade, sendo esta verdadeira, pois destituída de ilusões, e não atrelada ao ter, e sim ao ser, ser mais racional, pacífico, proativo, paciente, prudente, amoroso e portando feliz .
Um abraço e fiquem com Deus.