Um funcionário do Banco do Brasil, de 28 anos, foi preso preventivamente na cidade de Canela, na Serra Gaúcha, suspeito de aplicar golpes que ultrapassam R$ 1 milhão em mais de cem aposentados e pessoas de baixa escolaridade. A prisão ocorreu no âmbito de uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul que investiga um esquema de estelionato qualificado.

O suspeito, que também é proprietário de uma loja de móveis, aproveitava-se da sua posição no banco para obter dados e a confiança das vítimas, a maioria residentes de Bom Jesus, também na Serra Gaúcha. Segundo as investigações, o homem clonava os cartões de crédito dos clientes e os utilizava para realizar compras, pagar despesas em restaurantes e se hospedar em hotéis de luxo nas cidades turísticas de Gramado e Canela.
Além da clonagem de cartões, o funcionário abria contas em nome de terceiros, que também eram vítimas, para receber créditos fraudulentos. Os valores eram posteriormente transferidos para suas contas pessoais ou sacados. A polícia apurou que o investigado utilizava documentos de funcionários da sua loja de móveis para alugar imóveis de forma fraudulenta e dar continuidade aos golpes.
As autoridades identificaram que o suspeito aplicava os golpes há pelo menos três anos e que ele possui antecedentes criminais por extorsão e apropriação indébita. Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores, cartões de crédito, máquinas de pagamento e documentos. A Justiça determinou o bloqueio judicial das contas bancárias do suspeito e de sua empresa.
As investigações apontam ainda que o homem adquiriu mais de R$ 400 mil em Bitcoins em 2022, valor que hoje pode superar R$ 1 milhão. Há indícios de que as criptomoedas foram compradas com o dinheiro obtido nos crimes.
Em nota, o Banco do Brasil informou que possui um processo estruturado para apuração e análise de irregularidades envolvendo a conduta de seus funcionários e que está colaborando com as autoridades na investigação do caso.
A Polícia Civil segue com a investigação para identificar todas as vítimas e buscar o ressarcimento dos valores desviados.