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Vídeo de fiscal ironizando índio e seu celular no centro de Gramado viraliza nas redes

Viralizou nas redes sociais, nesta terça-feira dia 4 de maio, um vídeo envolvendo Gramado. O vídeo foi postado por Sonia Guajajara, líder da causa indígena no Brasil, na manhã de hoje. Em poucas horas, o vídeo viralizou.

No vídeo é possível acompanhar o diálogo entre o índio e o fiscal da Prefeitura. Trechos do fiscal ironizando o celular “muito bom“, de “última geração” e pedindo a “carteirinha de índio“, chamam a atenção. Confira:

https://www.instagram.com/tv/COdL_FoFW5G/?igshid=a3xzko5t9fk8

No relato, a líder Sonia conta o episódio ocorrido nesta segunda, dia 3 em Gramado, e que envolveu o índio Merong Kamakã que foi candidato a vereador nas eleições de 2020, e atualmente se encontra na retomada junto ao povo Xokleng em São Francisco de Paula.

Confira o depoimento na íntegra:

Na última segunda-feira (03) o parente Merong Kamakã sofreu ataques de racismo enquanto passava pela cidade de Gramado no Rio Grande do Sul e vendia pinhão em alguns cestos em uma das praças da cidade.

O ataque foi realizado por um fiscal da fazenda, que foi até o local após denúncias de comerciantes da região. No vídeo gravado pelo próprio Merong, o fiscal diz o seguinte “Você tem um celular muito bom para ser um índio” e em seguida pede ao Merong a “carteirinha de índio” e insinua diversas vezes que por estar usando celular de “ultima geração” não seria “índio”.

Na fala racista do tal fiscal está claro o assimilacionismo que vem impregnado como resultado da invasão de 1500 e posterior “colonização” e principalmente permeado por discursos racistas e excludentes que o atual governo GENOCIDA dissemina.

Merong Kamakã foi candidato a vereador nas eleições de 2020, e atualmente se encontra na retomada junto ao povo Xokleng em São Francisco de Paula, e estava na cidade para vender pinhão para ajudar no sustento dos parentes e parentas que estão na retomada.

Sobrevivemos a 521 anos de resistência, de luta por nosso direito de existir e por nossos territórios, e continuaremos lutando por nossos povos, por nossas vidas, pelo nosso direito de ir e vir nesse país que ancestralmente é nosso por direito. Por isso, repudiamos a todo e qualquer ataque de racismo a nossos parentes e exigimos que a justiça seja feita”.

PREFEITURA DESTACA VALORIZAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA EM GRAMADO

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Gramado se manifestou e divulgou uma nota oficial, via Assessoria de Imprensa, e destaca que valoriza a cultura indígena e que medidas administrativas serão tomadas com relação ao fiscal. Confira na íntegra:

Nota Oficial

Gramado respeita e valoriza a cultura indígena. Não à toa um espaço exclusivo para comercialização do artesanato próprio da etnia, com doze casinhas características, foi construído ainda em 2016 junto ao Lago Negro, o mais visitado ponto turístico da cidade. Esse ponto é 100% gerido e destinado aos indígenas.

Na ocasião da entrega do espaço, em 2016, os representantes dos povos indígenas de cinco localidades diferentes assinaram acordo que os comprometia a fazer a gestão e o controle do espaço cedido, para que houvesse rodízio sempre que mais indígenas de outros locais viessem para o município durante o ano. Algo que nunca ocorreu.

Gramado possui espaço próprio e extremamente qualificado, em uma das áreas mais nobres do município justamente voltado ao comércio indígena e as tratativas que vêm sendo feitas, dão conta de que aquele seja um espaço melhor organizado e gerido, justamente para que indígenas de outros locais tenham oportunidade de vender seus produtos originais no município, contando com estrutura, banheiros, área coberta e segura.

Conversações vêm acontecendo com a Fundação Nacional do Índio, com a Procuradoria da República e com Prefeitura de Gramado a fim de regularizar a situação, bem como definir políticas públicas voltadas à valorização da cultura indígena na cidade.

Diante da notificação do fato ocorrido na Praça das Etnias, no Centro, após denúncias de estabelecimentos próximos, um servidor da Secretaria da Cultura esteve no local para dialogar com o indígena. Em uma conversa tranquila e respeitosa, o mesmo entendeu os motivos que impedem a comercialização de produtos naquele local, inclusive agradecendo a cordialidade do servidor.

Por fim, lamentamos profundamente que episódios assim venham a ocorrer em nossa cidade e medidas administrativas serão tomadas com relação ao servidor responsável pela primeira abordagem ao indígena.

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Jonatan
4 anos atrás

Construir umas casinhas do Lago Negro no lugar insalubre úmido que ninguém queria para nada, tá lá fedendo a mijo num lugar que nem sol não bate. Índios tem rito para construção de seus estabelecimentos porque não forneceram o material e a mão de obra que eles necessitassem e deixaram eles construírem no seus moldes. Prefeitura é hipócrita tomara que venha 10 ônibus de índio ocupar Borges de Medeiros

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