Vivemos um tempo de mudanças. Penso que todo mundo deve estar se apercebendo disso, ou será que não? E que mudanças serão essas? 

Quando se fala em mudanças, muita gente espera que aconteçam externamente e  em grande escala, e por isso culpamos os governos, a economia, os mais ricos, os poderosos, etc.. 

Se é certo que na medida do que recebemos mais contas temos que prestar, pois fortuna, poder, comando são delegações que merecem uma atitude responsável, por outro lado, todos podemos contribuir de alguma maneira para melhorar o lugar que habitamos, embora isso pareça uma chavão já desgastado.

Não menos certo é que vivemos num universo onde tudo está interligado, e só não percebe isso quem pensa que somos os detentores de todo o conhecimento, e que não temos mais nada a aprender.  E já que existem pessoas que pensam ser detentoras de todo sabedoria, gostaria de pedir para elas recriarem novamente o nosso planeta, e que por favor procurem fazê-lo melhor.

Pois é, temos tanto conhecimento acumulado, porém não sabemos quem criou tudo isso, ou será que o nosso orgulho não nos permite perceber que existem forças que ignoramos a origem, mas que nem por isso elas deixam de existir.

E, parafraseando Hypolite Leon Denizard Rivail, pseudônimo Allan Kardec, o codificador da doutrina Espírita, “se a vossa ciência, que vos instruiu em tantas coisas, não vos ensinou que o domínio da Natureza é infinito, sois apenas meio sábios”. 

Penso que a mudança que deve ocorrer é de comportamento, em que cada um tem que mostrar a que veio. E pra quem pensa que está aqui descompromissado com a vida e com a força que o criou, está redondamente enganado. 

Não é mais possível viver sem sabermos de onde viemos, para onde vamos e porque estamos aqui. Se você é daqueles que apregoa uma liberdade sem responsabilidade, lamento muito, mas você não se isentará das consequências de seus atos, pois, querendo ou não, tudo no universo funciona por leis muito bem estabelecidas, que em nada contrariam a sabedoria de quem as criou. 

Vamos continuar vivendo feitos zumbis, como mortos vivos, ou vamos adotar uma postura de seres inteligentes que sabem muito bem o que estão fazendo, pois devemos pensar que não estamos aqui por acaso, ou será que estamos?

Encerro parafraseando outro sábio, o filósofo iluminista francês François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo  de Voltaire: “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo para felicidade do gênero humano”.