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Nutri Simone Prestes: Os riscos da gordura no fígado

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A esteatose hepática se caracteriza pelo acúmulo de gordura no fígado e ocorre quando as células do fígado começam a acumular gordura. De 5 até 10% de nosso peso ser de gordura é considerado normal, entretanto, quando a quantidade da substância ultrapassa esse índice, o fígado está gorduroso.

O acúmulo se dá pela má alimentação, abuso de bebidas alcoólicas, frituras em excesso e sobrepeso.

 Apesar de pessoas obesas, diabéticas e aquelas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas desenvolverem esta doença com maior frequência, qualquer um pode .

O fígado gorduroso não costuma apresentar sintomas e nem sempre apresenta sinais claros durante os estágios iniciais, dificultando o diagnóstico da doença. No entanto, conforme a doença se agrava, os sintomas se fazem presentes e o quadro pode evoluir para um processo de inflamação e até desencadear uma hepatite gordurosa, cirrose hepática ou câncer.

A doença é classificada de acordo com a causa do acúmulo de gordura e dividida em dois tipos.

1. Esteatose hepática alcoólica – Na versão alcoólica da doença, a mais grave, a causa do acúmulo de gordura no fígado é o abuso de bebidas alcoólicas. O álcool é processado pelo fígado e o exagero no consumo da substância pode danificar o órgão seriamente.

2.Esteatose hepática não-alcoólica – Neste caso, a doença é causada por outros fatores:

  • Sobrepeso e obesidade;
  • Hepatites virais;
  • Diabetes;
  • Colesterol ou triglicérides altos;
  • Alteração muito rápida de peso;
  • Uso de certos medicamentos como estrógeno, corticoides, anti retrovirais entre outros;
  • Inflamações hepáticas crônicas devido a outras doenças.

Esta versão da doença é reversível e curável através principalmente de mudanças nas rotinas alimentares, e raramente precisa de medicamentos para o tratamento.

A doença também é dividida em graus, que variam de acordo com a quantidade de gordura presente no fígado.

  1. Grau Leve – Neste caso, a doença não apresenta sintomas. Os níveis de gordura estão pouco acima do ideal e reduzir estes níveis novamente para o saudável não é difícil através da alimentação e exercícios.
  • Grau Moderado – Aqui, podem surgir sintomas característicos do acúmulo de gordura, como inchaço da barriga, dores abdominais ou fezes brancas. No caso de o acúmulo de gordura ser não-alcoólico, a cura ainda é possível e medicamentos ainda não são necessários. No caso de ser um caso alcoólico, a situação é um pouco mais complicada.
  • Grau de Grande Acúmulo – Neste estágio, a doença é extremamente perigosa, pois a esteatose hepática evolui para esteato-hepatite, uma inflamação no fígado causada pelo grande acúmulo de gordura. Esta inflamação causa danos nas células do órgão, podendo causar fibroses, além de reduzir a eficácia do órgão.

Com o tempo e muitas fibroses, a condição pode evoluir para uma cirrose e o fígado pode se tornar completamente ineficiente, desencadeando problemas envolvendo a falta de filtragem do sangue por parte do órgão.

Causas – As causas do acúmulo de gordura no fígado estão diretamente relacionadas aos hábitos e rotinas.  Causas mais comuns:

  1. Sobrepeso – O peso elevado pode causar acúmulos de gordura no fígado e em outros órgãos, especialmente se a quantidade de gordura abdominal for grande.
  • Má nutrição – Uma nutrição ruim pode causar sérios problemas para todo o corpo, incluindo o fígado. Mesmo estando com o IMC em dia, se o consumo de  gorduras for elevado, o fígado pode passar a acumulá-las.
  • Perda brusca de peso – Perder muito peso rápido demais pode deixar um acúmulo de gordura no fígado, que proporcionalmente ficará com mais gordura. É importante que dietas sejam feitas de maneira saudável, sem radicalismo e sempre com acompanhamento nutricional.

A perda de peso brusca é uma causa do acúmulo de gordura no fígado especialmente em situações em que a pessoa está em seu peso ideal (IMC entre 18 e 25) antes de perder o peso rapidamente.

  • Sedentarismo – As gorduras que são acumuladas dentro das células do fígado são as triglicérides. Esse tipo de gordura é usado pelo corpo para a produção de energia, que é usada em exercícios físicos.

O sedentarismo permite que os triglicérides fiquem no corpo, eventualmente se acumulando nos órgãos. Realizar exercícios físicos elimina a substância antes que ela possa penetrar as células.

  • Uso de medicamentos – Alguns medicamentos podem levar ao acúmulo de gordura no fígado. É o caso da tetraciclina, um antibiótico, estrógenos, que são hormônios, e anti-retrovirais de alta eficácia, como os usados no tratamento de HIV.

Grupos de risco – Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver acúmulos de gordura no fígado do que outras. São elas:

Obesos – Pessoas acima do peso possuem mais gordura corporal, e isso se aplica aos órgãos.
Alcoólatras – O consumo de álcool em excesso sobrecarrega o fígado e suas células podem começar a acumular gordura, além de serem danificadas de outras formas. Alcoólatras estão no grupo de risco para desenvolver a esteatose hepática alcoólica, que é a versão mais grave da doença.
Sedentários – Exercícios ajudam a eliminar a gordura do corpo, usando-a como fonte de energia. Isso impede que a gordura se acumule nos órgãos.
Síndrome metabólica – Pressão alta, resistência à insulina e níveis elevados de colesterol e triglicérides estão conectadas com o acúmulo de gordura no fígado.
Mulheres – Mulheres possuem maior chance de desenvolver gordura no fígado devido ao hormônio estrógeno, que facilita o acúmulo de gordura,
Síndrome do ovário policístico – Estudos científicos ligam a síndrome do ovário policístico a maiores chances de desenvolver esteatose hepática.
Grávidas – A gravidez causa a produção aumentada de hormônios. O estrógeno, que já é produzido normalmente, alcança taxas mais elevadas durante a gestação, podendo facilitar o acúmulo de gordura no fígado.
Hispânicos e orientais – Pessoas de etnias hispânicas e orientais possuem maiores chances de desenvolver gordura no fígado, ao contrário de pessoas com origem africana, onde as chances de ter um esteatose hepática é reduzida.

Sintomas – No início, com a inflamação ainda leve, os sintomas são mais suaves, mas evoluem com o tempo. Os principais são:

  1. Dor e desconforto abdominal
  2. Perda de apetite
  3. Cansaço e fraqueza
  4. Aumento do fígado
  5. Fibrose
  6. Insuficiência hepática
  7. Ascite
  8. Encefalopatia
  9. Hemorragia
  10. Aranhas vasculares
  11. Icterícia

Diagnóstico – Na maioria dos casos o diagnóstico é feito através de exames laboratoriais e de imagem. Porém alguns exames podem ser feitos para encontrar a esteatose hepática:

  1. Exame físico
  2. Exames laboratoriais
  3. Exames de imagem
  4. Biópsia
  5. Elastografia transitória

Tem cura? – Sim, a esteatose hepática tem cura. O processo envolve reduzir drasticamente o acúmulo de gordura no fígado através de mudanças de hábitos e rotinas diárias.

Qual o tratamento? O tratamento da esteatose hepática depende de sua causa, que deve ser eliminada.

  • Reduzir o álcool – Independente de a condição ser causada ou não por álcool, o corte do consumo de bebidas alcoólicas é necessário para a recuperação do fígado. Quando é a variação não-alcoólica, a redução basta. Porém, se a condição é a variação alcoólica da doença, é necessário haver o corte total do consumo alcoólico.
  • Exercícios físicos – Exercícios devem ser realizados para haver a eliminação de gordura extra do corpo e do fígado, além de reduzir o colesterol.
  • Redução de peso corporal – Caso o paciente esteja com sobrepeso ou obesidade, perder em torno de 7% a 9% do peso no decorrer de 6 meses ajuda a reduzir a quantidade de gordura.
  • Mudanças alimentares – É importante evitar alimentos muito gordurosos e açúcares. Carboidratos devem ser reduzidos na dieta, assim como carnes vermelhas e frituras. Frutas, verduras e vegetais devem ser aumentados na alimentação.

Atente aos sinais que o corpo emite e cuide-se.

Nutricionista,  formada pela Universidade de Caxias do Sul e pós-graduando em Nutrição Clínica pela Unisinos
@nutrisimoneprestes

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