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Cânions: Urbia fracassa em Cambará e prejuízo ao turismo gera protestos

Os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral foram concedidos à iniciativa privada em outubro de 2021. Quem assumiu foi a Urbia, uma empresa do Grupo Construcap, concessionária responsável pela gestão do Ibirapuera e parques espalhados pelo país.

Desde que a empresa assumiu a gestão, o acesso que antes era gratuito passou a custar R$ 97 por pessoa, mais estacionamento de R$ 13 para motos e R$ 20 para carros. 

Com isso, o turismo que já não estava em alta na cidade, praticamente acabou e a cidade vive às moscas. A revolta é grande há alguns meses, com empresariado e classe política mobilizados e protestando, e a Urbia irredutível, mantendo os valores praticados.

A situação está insustentável com o prefeito de Cambará, Ivan Borges, declarando recentemente que, “está todo mundo em uma ruim, com dificuldades financeiras. Diziam que o número de visitantes subiria de 250 mil para 1 milhão, mas caiu muito. Se ficar irredutível, vai quebrar todo mundo”.

Enquanto isso, a gestão dos parques não parece muito atenta à realidade e avalanche de reclamações de usuários, turistas, empresários, autoridades e moradores.

cambara protesto1 - Acontece Gramado
Moradores protestaram nesta terça. Foto: Paulo Ferretti

Na manhã desta quinta-feira, dia 14 de março, o diretor comercial da empresa, Samuel Lloyd, concedeu uma entrevista desatrosa ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, em que justificou a falta de turistas culpando as condições das estradas e não os valores dos ingressos.

Questionado inúmeras vezes pelas apresentadoras Giane Guerra e Andressa Xavier o executivo insistiu com uma retórica de que as reclamações com os preços praticados são “caso isolado”, e que a culpa mesmo é das estradas que estão em péssimas condições desde os anos 90, mostrando estar desconectado da realidade em que o público deixa bem claro que não visita o local pelos preços praticados.

Ele também equiparou os preços aplicados pela sua empresa aos aplicados pelos atrativos de Gramado e Canela, por exemplo.

Fato é que a situação está insustentável e o modelo de negócios aplicado pela Urbia, específicamente em Cambará, não deu certo e já é um fracasso estrondoso. Nesta semana, no dia 12 de março, os protestos aumentaram com uma manifestação que saiu da Casa do Turista percorrendo vários pontos da cidade.

A comunidade de Cambará do Sul divulgou um manifesto, que expressa a insatisfação da comunidade em relação à gestão do turismo nos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. O documento critica a falta de diálogo, visão de longo prazo e estudos de viabilidade socioeconômica por parte da concessionária responsável. Destaca ainda que as ações da concessionária parecem privilegiar interesses comerciais em detrimento da preservação e valorização dos recursos naturais e culturais dos parques.

Em nota, a Urbia diz ter investido R$ 55 milhões em infraestrutura para visitantes, incluindo uma tirolesa, restaurantes e lojas. Disse, porém, que o estado das estradas de acesso aos cânions prejudica a viabilidade do plano de investimentos, citando “o impasse que está colocado entre União e Estado sobre a responsabilidade da recuperação” da RS-427. Sobre os planos, cita atrações como “skybike”, arvorismo, campings, além de passarelas e mirantes, ponderando que também precisam de autorização do ICMBio. Sobre preços dos ingressos, não sinalizou baixá-los, afirmando que o valor incentiva o turista a ficar e gastar no comércio local.

image 7 - Acontece Gramado

Jornalista – Editor e fundador dos canais Acontece Gramado
flavio@snow-albatross-314574.hostingersite.com.br
Siga no Instagram: https://www.instagram.com/gramadoacontece/

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Roberto De Cesare
Roberto De Cesare
1 ano atrás

Soy Uruguayo. Estuve los primeros días de enero visitando el parque.
Esta bien claro que los precios son altos. Una familia de 4 personas. Un montón de dinero.
También es cierto lo que dice la empresa.
El estado de las rutas es muy malo.
Lo único bueno es el paisaje. ( Si las condiciones del tiempo lo permiten).
El lugar es extraordinario. Ojalá lo puedan solucionar.

Raga
Raga
1 ano atrás

As estradas são o problema diz Samuel, desde os anos 90. Interessante é que a redução de turistas aconteceu agora, após eles “cravarem a faca” nos ingressos. Samuel e o resto da turma dele, ” sem noção “.

Luciano Luis Rediss
Luciano Luis Rediss
1 ano atrás

Sou morador da região metropolitana de POA e não conheço o local, gostaria muito de ir mas só pra ver o cânion, só ver , já seriam R$ 210,00, pra ver algo que a natureza criou ? Sério isso ? Se a empresa disse que investiu 55 milhões e não melhorou o acesso até o local algo tem de estranho e muito. Muito falatório para pouquíssimo resultado.

Luiz
Luiz
1 ano atrás

É deixá-los a mosca, com o tempo vão abaixar ou deixar de cobrar por uma paisagem que pertence a natureza e não ao homem .

Carlos A Wolff
Carlos A Wolff
1 ano atrás

Esta matéria não reflete a realidade, não é a URBIA o responsável pelo declínio do movimento turístico na cidade! Há que se perceber que esta realidade se apresenta como verdade em todo território nacional, com queda sensível do movimento turístico sendo sentida até em destinos como Fernando de Noronha que até pouco tempo atrás era um deatinos mais procurados e não se conseguia passagem para datas próximas. Valor de passagens aéreas está exorbitante, não exiate transporte regular dos aeroportos para nossa cidade, os acessos ridoviários são de uma precariedade vergonhosa com os organiamos públicos se esquicando de responsabilidades. A Urbia é mais uma empresa afetada pelos problemas associados à economia cada vez mais desastrisa do atual governo! O Brasil pede socorro.

Ubirajara Marcos Guedes
Ubirajara Marcos Guedes
1 ano atrás

Estive em dezembro, pernoitei em uma pousada , e sabendo do valor de 97 reais por pessoa e mais estacionamento, não fomos , estávamos em 12 pessoas, vergonha esse valor exorbitante

ANTONIO CARLOS SILVA BARROS
ANTONIO CARLOS SILVA BARROS
1 ano atrás

As estradas sempre ruins, na década de 80 e 90 quase intransitáveis, portanto derruba o argumento do dono da empresa. Não vou com mais com essa cobrança de ingresso absurda. A cidade estava mostrando pujança, pois os herdeiros das sesmarias abriram mão das terras e começaram a vendê-las diversificando as culturas e exploração turística da região, antes pólo madeireiro. Vão destruir e liquidar o desenvolvimento. De Porto Alegre.

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Uma privatização absurda.. não pode acampar… não pode percorrer as trilhas ou descer o canion… este é um lugar destinado a aventura e uma ode a LiBERDADE… eu vivi isso, infelizmente não é possível mais proporcionar isso aos meus filhos ..bem diferente dos EUA e seus parques

Gelson
Gelson
1 ano atrás

Que lixo de matéria tendenciosa hein ? Como morador da região dos aparados, posso dizer de boca cheia que a cidade está as moscas e falindo porque não tem estrutura pra recepcionar os turistas, pousadas e restaurantes horríveis, atendimento que beira a má educação, falta de opções do que se fazer na cidade, valores exorbitantes por comida de péssima qualidade… Sem contar as estradas… Mas óbvio que por povo preguiçoso de cambará é mais fácil dizer que a culpa é de uma empresa privada…

Dinorah Maria Ribeiro
Dinorah Maria Ribeiro
1 ano atrás

“Estava escrito nas estrelas ”
Pois é , pra turminha que gosta de privatizações, bem feito. E essa região é cheia de bolsonaristas que apoiaram as decisões do ex presidente “bostonaro”, que privatizou tudo.
Taí a resposta.

BRUNO OSWALDO COSTA MESCK
BRUNO OSWALDO COSTA MESCK
1 ano atrás

Já visitei em duas oportunidades os cânions na época que era gratuita a entrada, não vale a pena visitar com o custo que esta sendo cobrado pois é mais proveitoso fazer por agencia de turismo a visita guiada que é muito melhor. Vou ir novamente em junho e não vou visitar os Cânions por causa deste custo elevado, vou fazer trilhas guiadas em propriedade privada.

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