Público em Gramado sempre vai ter! Para tudo e para todos! Se fizermos uma grande festa na Rua Coberta para 5 mil pessoas, esta festa lotará e ainda faltará espaço, mesmo que no auge de uma pandemia que já matou mais de 100 mil brasileiros em 5 meses.

Dito isso, é importante ressaltar que não é errado celebrar! Pelo contrário, devemos celebrar a vida, devemos curtir e aproveitar bons momentos e ótimas experiências. O que é condenável é não se ter o dito cujo “bom senso”.

O conceito está ligado diretamente às noções básicas de sabedoria e razoabilidade. Portanto, não é razoável que dois empreendimentos, por falta de bom senso, prejudiquem toda uma cadeia turística de forma direta.

Cadeia turística esta que sofre perdas irreparáveis em 2020. Existe um sofrimento e uma aflição no ar em Gramado que é quase possível de se tocar, de tão forte.

Enquanto mais de 99% dos empreendimentos turísticos e gastronômicos da Região das Hortênsias adotaram os protocolos mínimos, necessários e razoáveis de distanciamento, isolamento e atendimento com RESPONSABILIDADE, levando em conta o bem maior e a retomada do TURISMO RESPONSÁVEL, todos terão que, mais uma vez pagar o pato pela irresponsabilidade de empreendimentos que não tiveram a sabedoria de controlar seus locais.

Música pode, celebração pode, movimentação pode. Mas, em momentos como este, não pode ser aceitável que empresários destoem da grande maioria e, de forma irresponsável, coloquem em risco uma retomada séria, necessária e comprometida de toda uma coletividade gramadense e serrana para o turismo.

Cenas lamentáveis como as do fim de semana prejudicam gramadenses em geral, empreendimentos respeitados e principalmente dificultam e retardam a retomada econômica de Gramado.

Existem setores como o de EVENTOS, por exemplo, que sofrem por nem sequer ainda terem protocolos iniciais para sua retomada. Enquanto isso, restauranteiros que podem abrir não se dão ao trabalho de preparar uma força-tarefa mínima para impedir cenas grotescas como as que vimos.

A culpa não é da Administração Pública, não é da Vigilância, não é da população, não é dos trabalhadores e também não é dos turistas. A culpa é exclusiva dos empresários que se permitem não ter a maturidade necessária para agir de forma razoável na pior crise da história de Gramado.

Resumindo: despreparo, desrespeito e, infelizmente, a minoria prejudicando a ampla maioria!