Considerado o maior cineasta da história do Brasil, Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14). Conhecido por filmes como “Xica da Silva”, “Bye bye Brasil” e “Deus é brasileiro”, ele tinha 84 anos. O cineasta morreu no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações durante uma cirurgia. Membro da ABL desde 2018, Diegues foi um dos grandes nomes do cinema nacional.
Diegues era figura presente no Rio Grande do Sul por muitos anos durante a realização do Festival de Cinema. Mesmo debilitado e com idade avançada, fazia questão de estar presente na cidade durante o evento quando a agenda permitia.
Em agosto de 2013, eu era repórter que cobria as editorias de Eventos e Esportes do Jornal de Gramado. Naquele ano, aconteceu a 41ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Diegues concedeu uma entrevista exclusiva onde falou sobre sua relação com Gramado e com o Festival de Cinema.
Ele lembrou com emoção de quando recebeu o troféu Eduardo Abelin em 2003, pelo conjunto da obra.
“Já vim muitas vezes a Gramado, considero o festival importante pois apontou um rumo ao cinema nacional em momentos de crise como no governo Collor. Lembro que o meu momento mais emocionante foi quando recebi o troféu Eduardo Abelin em 2003”, contou.
Diegues fez também uma análise de como via o momento atual do cinema brasileiro em 2023. “Estamos em franco crescimento com a produção de quase 100 filmes por ano, uma mudança forte se compararmos há 20 anos quando a produção nacional praticamente não existia. Além disso o mercado tem uma variedade de cultura e etnias”, analisa.
Perguntei sobre os diretores brasileiros que ele mais admirava e Diegues citou dois nomes: Roberto Santucci e Kleber Mendonça.
Além do Troféu Eduardo Abelin, Diegues está eternizado na Calçada da Fama de Gramado.
Jornalista – Editor e fundador dos canais Acontece Gramado
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